sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Se correr… mas se ficar o governo paga o “bolsa-estupro”. Só falta instituir a burca


5 02 2008

A bancada moralista do Congresso possui grande representatividade na sociedade e no Governo. Dentre tanto nomes desta bancada, esteve o do deputado federal Carlos Rodrigues (PL-RJ). O Bispo, que é Teólogo, cresceu politicamente dentro da Igreja Universal do Reino de Deus, de onde está afastado. Graças a Deus!

Rodrigues, assim como outros deputados moralistas, pautam (ou pautaram) seu mandato pela ética e responsabilidade social. Foi dele a autoria o projeto de lei n. 1305/2003, que tratava da responsabilidade Social das Sociedades Empresárias, e também foi do Bispo a autoria do PROJETO DE LEI Nº 5.076/01, que tinha como objeto o processo judicial de dissolução de associações que tenham fins ilícitos. O Bispo Rodrigues renunciou ao mandato depois de seu nome aparecer na lista de deputados envolvidos numa associação ilícita que ficou conhecida pelo nome de Mensalão.

Os moralistas adoram o termo responsabilidade social. É sobre o vento desta palavra que surgem no Congresso dois projetos deste tipo.

O primeiro trata-se do projeto que ficou conhecido como “bolsa-estupro”, de autoria do deputado cristão Henrique Afonso (PT-AC). Como diz o deputado, a idéia é “dar estímulo financeiro para a mulher ter o filho” resultante do estupro. O deputado dispara a sua verve machista ao afirmar que “o aborto, para nós evangélicos, é um ato contra a vida em todos os casos, não importa se a mulher corre risco ou se foi estuprada”. Assim, a mulher receberia um salário mínimo mensal durante 18 anos. E não importa se a mulher corra risco de vida! Ave Maria!

Por que não liberar o estupro e garantir, ao mesmo tempo, a bolsa-estupro para aquelas mulheres que desejarem criar seus filhos? Não é assim que se age numa sociedade plural?

Outro projeto de lei mais radical pretende reduzir a mulher à condição de escrava. Trata-se do projeto que institui o Estatuto do Nascituro, proibindo no País qualquer forma de aborto, como também proíbe as pesquisas com células-tronco, o congelamento de embriões e as técnicas de reprodução assistida. O mote é proibir, mas o projeto também pretende dar um “estímulo financeiro” para a mulher que tiver filho indesejado. Só não proibiram a adoção…

Não seria mais fácil instituir mesmo a burca*? Por que não criminalizar a concupiscência? Ave Maria duas vezes!

Numa democracia, esperamos que tudo seja permitido, menos o que está proibido. Mas no Brasil há um grupo de políticos que querem inverter o princípio. Eles defendem que tudo dever ser proibido, menos o que estiver permitido. Sem falar daqueles que, em se tratando de coisa pública, pensam que tudo deve estar permitido, inclusive o que está proibido.

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* A burca ou burqa, segundo a Wikipédia, “é uma versão radical do xador, trata-se de uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos”.

** Para saber mais:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071213/not_imp95241,0.php

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